quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O lema da nação!


E aqui está o lema do nosso país!
Às tantas até é bom não fazer nada e ganhar com isso! Quer dizer... Deve ser bom... Eu não sei porque nunca me aconteceu. Apenas digo isto porque há muita gente com este lema de vida.
Pela parte que me toca, acho que este lema tem uma parte positiva e uma parte negativa. Vejamos:
Parte positiva - Got paid. Ser pago é sempre bom. Seja por trabalhar, seja por ter ganho o euromilhoes (nem que sejam aqueles prémios mais ranhositos que só dão para a bica e o pastel de nata). Como diz a música dos Xutos e Pontapés "...Mas o dia que eu mais gosto é o dia de receber".

Parte negativa - I did nothnig today. Não fazer nada é mau. Quer dizer, às vezes sabe bem uma boa dose de preguicite aguda! Mas imaginem a vida do "não faço absolutamente nada". Que marasmo de existência... A diferença entre uma pessoa assim e uma couve é, possivelmente o facto da couve não poder ligar a televisão de manhã para ver o programa do Goucha.

Mas agora vocês dirão: "Mas se a frase se divide em duas partes, uma positiva e outra negativa, não seria uma frase neutra? Negativo anula o positivo como o protão e o electrão".
E a minha resposta é: "Pois, mas falta um detalhe aqui."

Detalhe - Still. Ora bem. Esta palavra, na minha opinião muda tudo! Por um lado ser pago é bom, por outro fazer nada é mau às vezes. Mas ser pago por não fazer nada é estúpido. Se ganhamos alguma coisa sem esforço, deixa de ter importância. E ninguém gosta de perder o tempo com coisas sem importância.
Ora isto leva-me a uma conclusao:
Se o lema do nosso país é mesmo ganhar sem fazer nenhum e se isso é estúpido e se só pessoas estúpidas fazem coisas estúpidas.... Secalhar é melhor não continuar....=)

(Aqui aparece o policia, como nos sketches dos Monty Python, a dizer que isto está demasiado estúpido e que temos que passar adiante!)

Bom fim de semana a tod@s

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Viver à pressa!


Se tivesse que caracterizar a nossa sociedade com uma palavra, essa palavra seria "pressa".
Vivemos na sociedade do "agora não posso que tenho pressa". Pressa para apanhar o transporte, pressa para o emprego ou para as aulas, pressa para a consulta, pressa para o almoço, pressa para ir dormir porque senão na manhã seguinte atrasamo-nos a acordar e temos que fazer tudo à pressa!
Mas nós nem paramos um bocado para pensar. Vamos tendo pressa e vamos chegando mais ou menos atrasados consoante a quantidade de pressa desse dia.
E os dias vão passando apressadamente. E as semanas que os acolhem. E os meses formados por estas... E os anos formados por todos.
Com tanta pressa que a sociedade nos impõe, vamos perdendo montanhas de detalhes, de momentos simples que dão um colorido especial à nossa vida monótona. Não ligamos nenhuma às cores do céu matutino de dias solarengos, não reparamos nos belos olhos verdes daquela rapariga (ou rapaz consoante os gostos) que todas as manhãs apanha o mesmo autocarro que nós, não reparamos sequer no bom que é simplesmente estarmos vivos.
O ideal seria mesmo vivermos sem pressa. Viver pelo prazer de viver. Saborear a viagem como bem entendessemos.
Mas como a sociedade "pressa" não nos deixa viver assim, e nem todos temos coragem ou disposição de largar tudo e ir viver para algum lugar remoto do planeta, para nos dedicarmos à contemplação (sim...eu já não vivo sem a confusão da cidade também!), ao menos podiamos dar uma cor diferente às nossas vidas com simplesmente termos um bocadinho menos de pressa.
O que acham? Pela parte que me toca, quero mesmo ver se há alguma rapariga de olhos verdes estonteantes a apanhar todos os dias o autocarro comigo!

P.S: A cor dos olhos é meramente estilistica no texto e não tem que ser levada à letra. Vou reparar em quaisquer outros olhos cuja dona me roube a pressa=)


Imagem - infelizmente desconhecida

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O amor é isto!


Naufragando pela web deparei-me com esta pérola da música espanhola.
Isto sim é amor incondicional. Amor que já não se vê nos nossos dias!
Se alguém tem dúvidas acerca do que é amar, bem... prestem atenção à letra da música=)
Espero que gostem!

P.S: Pode conter alguma linguagem e cenas impróprias=)

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Viajar


Se eu pudesse, passava o resto da minha vida em viagem.
Abdicava da minha nacionalidade para me tornar simplesmente "cidadão do mundo". E então podia ver e sentir tudo o que o nosso mundo tem para nos oferecer. E tenho a certeza que é muito! Exitem por aí tantas culturas, tantas paisagens, tantas pessoas com hábitos para mim estranhos.. Tudo à espera que eu os vá descobrir. Basta só sair de casa, sem pensar muito bem nos destinos e nas coisas que podem eventualmente correr mal.
É que afinal, só as experiências de vida são realmente nossas!
Por isso eu tomei uma decisão: quero conhecer o mundo inteiro! Quero conhecer todas as culturas, todas as gentes, todas as paisagens! Quero ver o por-do-sol em todos os fusos horários da Terra!
E finalmente quero poder dizer, quando me estiver a despedir deste mundo, que tive uma vida plena, e partir para a derradeira viagem sabendo que nada deixei por fazer.

Imagem - Desconhecido

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Kismet, Hardy


"kismet, Hardy" foram, segundo a crença popular, as ultimas palavras de Lord Nelson. Embora não passe de um mito, não deixa de ser um facto interessante o povo inglês da época ter posto a palavra kismet (destino) na boca do seu heroi nos seus últimos momentos.
"Foi o destino", pensaram todos. Lord Nelson, almirante da real marinha britânica, que tantas vitórias deu à Coroa (incluindo a vitória em Trafalgar contra todas as probabilidades, onde viria a morrer) não podia ser um homem que cometesse erros. O destino foi o culpado da sua morte. Tinha que ser... Assim estava escrito... Nada havia a fazer...
Custa muito admitir que os nossos herós também falham. Custa mais ainda admitir que nós próprios também falhamos.
O nosso Destino é, portanto, culpado da maioria das coisas más que nos acontecem. Porque nós não temos nunca a culpa... Foi o Destino que assim quis. E depois queixamo-nos, amaldiçoamos o Céu e a Terra pelo nosso malvado fado que nos atormenta e não nos deixa seguir adiante.
De nada adiantam estas maldições. Nunca nos fazem sentir melhor. Os problemas continuam lá muito depois de nos cansarmos de praguejar.
Na minha opinião, deviamos esquecer o Destino. Deviamos sim ter força para aceitar os obstáculos que a vida nos apresenta, coragem para os enfrentar e humildade para aceitar aqueles que, simplesmente, não podemos vencer.

Quanto ao "kismet" de Lord Nelson... Bem, no dia 21 de Outubro de 1805, Lord Nelson preparou-se para o combate contra a armada franco-espanhola, vestindo a sua farda de gala com todas as suas medalhas e condecorações. Quando o Victory de Lord Nelson ficou ao alcance dos atiradores do franco espanhol Redoutable começaram os disparos de ambas partes. Os alvos preferenciais eram sempre oficiais de altas patentes. Nelson foi baleado durante este encontro.

Destino ou indumentária incorrecta para a ocasião?



Gracias Lauri

Imagem - Capitão Horatio Nelson
John Francis Rigaud 1781

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sonhos


São pedaços de nós aos quais raramente damos a devida atenção. São como pequenos filmes: de terror, romance ou até mesmo de géneros tão experimentais que nem os sabemos bem classificar.
Cada sonho é um mundo onde nos podemos perder e encontrar, onde podemos ser reis, imperadores supremos dos nossos mundos privados.
É certo que não sonhamos o que queremos, e que muitas vezes, quando temos um sonho agradável, não nos lembramos dos detalhes que o tornaram tão especial: apenas temos uma ligeira sensação de leveza de espírito ao acordar.
Mas imaginemos por um momento que, sempre que nos deitamos e começamos a sonhar, nos aparece um menú (como nos DVDs) que nos permite escolher o tipo de sonho que queremos ter. Como seria? Talvez isto levasse o negócio dos psicólogos e psiquiatras à falência, porque as pessoas começaríam a ultrapassar as suas frustrações e a realizar os seus desejos nos sonhos. Talvez houvesse menos violência dentro das pessoas, porque a raiva se poderia descarregar frente a um inimigo real ou imaginário no sonho. Assim, na manhã seguinte, quando entrássemos no trabalho poderíamos dizer, de sorriso bem rasgado e sincero, "Bom dia!" àquele colega que, se a estupidez pagasse imposto, já estaria preso por fuga ao fisco.
Aposto que as empresas farmacêuticas sonham também com o dia em que isto seja possivel: imaginem só o disparo de vendas que os comprimidos para dormir não iriam ter...
É espantoso como algo tão "insignificante" como são os sonhos nas nossas vidas, poderia mudar completamente o nosso cotidiano.
Infelizmente, temos que nos contentar com os sonhos que nos calham cada noite. O único que podemos fazer é tentar transformar a nossa vida num sonho e vivê-la como os nossos sonhos nos ensinam.
Bem... sejamos realistas. Tudo o que foi escrito aqui não passa de um sonho, ou de um delírio meu é certo. Mas quem sabe? Há sonhos que se tornam realidade se os desejarmos com muita força.

"O sonho comanda a vida!"


Imagem - Constelación: Despertando al amanecer
Joan Miró 1944

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Para ti que não conheço


Não nos conhecemos. Ou talvez sim... Na verdade eu nem sequer sei se existes. Apenas algo me diz que sim. Para ti que, um dia me irás fazer parar o mundo e dar-me forças para mover montanhas e atravessar todos os vales da Terra, para ti, mulher maravilhosa que me fará perder a noção do tempo e do espaço quando estiveres comigo... Quero dizer-te que te amo.
Não sei quem tu es, não sei como tu es, quais os teus filmes favoritos, ou sequer a cor que mais gostas. Não te imagino, e no entanto nunca estive tão apaixonado por ninguém. És a razão pela qual o meu mundo tem cores, aromas e sabores. Es a pessoa que me inspira a ser melhor cada dia e, no entanto, não existes (ainda) na minha vida.
Sejas quem fores, estejas onde estiveres, não tenhas medo e aparece. Eu sei que também me amas, apenas não me conheces ainda.

Vamos pintar o mundo com as nossas cores!

P.S: Amo-te

Imagem - Jeune fille a la fenetre
Salvador Dali 1925

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Tic Tac Tic Tac...


Tic Tac Tic Tac... Faz o relógio... Tic Tac Tic Tac... Sempre constante, sempre certo. Tic Tac Tic Tac... "E nós somos jovens" pensamos. E sabemos que aquele tic tac nunca vai acabar.
Tic Tac Tic Tac, e esqueçemo-nos tão depressa do tempo... E ocupamos cada Tic Tac com coisas tão inuteis... E adiamos tantas vezes o que realmente importa para um Tic Tac mais tardio...
Tic Tac Tic Tac.... E um dia acordamos, e olhamo-nos ao espelho, e pensamos: "Tic Tac Tic Tac.... Agora já é tarde...."


Time - Pink Floyd

Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an off hand way
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way

Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun

And you run and you run to catch up with the sun, but its sinking
And racing around to come up behind you again
The sun is the same in the relative way, but youre older
Shorter of breath and one day closer to death

Every year is getting shorter, never seem to find the time
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the english way
The time is gone, the song is over, thought Id something more to say

Home, home again
I like to be here when I can
And when I come home cold and tired
Its good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.


Imagem: Salvador Dali - A persistência da memória, 1931

Uma viagem na montanha russa...


Depois de muito pensar e ponderar avançamos (com o cú na mão mas avançamos) para a fila da montanha russa. E esperamos... E damos mais um passo.. E esperamos outra vez... E vemos as pessoas que de lá saem: contentes, aterrorizadas, sem reacção, a querer repetir, a dizer que nunca mais.
Sem darmos conta já estamos sentados na carruagem. Cintos apertados, orações em dia. E a carruagem move-se. Pensamos "Agora não há nada a fazer"... Resignamo-nos ao facto de que, durante uns minutos, não somos responsáveis pela nossa vida. Confiamos que tudo corra bem.
E aqui vamos nós! Ora a subir ora a descer. Ora a rir, ora com os olhos bem fechados e com as mãos bem apertadas nas barras de segurança, como se disso a nossa vida dependesse. Mas não depende. Naquele momento estamos entregues a qualquer que seja a nossa crença.
E, de repente.... calma... Olhamos para os lados e não vemos nada de cabeça para baixo. Já não sentimos o vento na cara, a adrenalina no corpo começa a descer. A viagem acabou.
E tal como todos os outros que observámos na fila, nós saimos da montanha russa contentes, ou aterrorizados, ou sem reacção, ou a querer repetir, ou a dizer que nunca mais.
Amar é como entrar na montanha russa pela primeira vez. Não sabemos o que nos espera, mas confiamos. E as vezes estamos em cima, outras vezes estamos em baixo, outras vezes a cair em espiral. Até que, finalmente, a viagem acaba. E nós podemos sentir-nos de muitas formas no final.
Seja qual for o sentimento, gosto de pensar que o importante foi a viagem. Porque a viagem nem sempre corresponde ao sentimento final.

Ouvi dizer

Ouvi dizer
Que o nosso amor acabou
Pois eu nao tive a nocao do seu fim.
Pelo que eu ja tentei
Eu nao vou ve-lo em mim
Se eu nao tive a nocao de ver nascer o homem.

E ao que eu vejo
Tudo foi para ti
Uma estupida cancao que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar
E agora nao vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

Ouvi dizer
Que o mundo acaba amanha
E eu tinha tantos planos p'ra depois
Fui eu quem virou as paginas
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel sentido.

Sobre a razao estar cega
Resta-me apenas uma razao
Um dia vais ser tu
E um homem como tu
Como eu nao fui
Um dia vou-te ouvir dizer

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

Sei que um dia vais dizer

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

A cidade esta deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros,
Nas pontes, nas ruas...
Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura
Ora amarga,ora doce
Para nos lembrar que o amor é uma doenca
Quando nele julgamos ver a nossa cura

Ornatos Violeta com Vítor Espadinha