segunda-feira, 5 de maio de 2008

ASIMO


Na feira internacional de lisboa, no stand da Honda, eseve um espectáculo muito peculiar: pela primeira vez, o robot ASIMO (Advanced Step in innovative Mobility) fez uma demonstração das suas capacidades.
É deveras impressionante. O robot não só anda como corre, tanto em linha recta como em corrida circular como até a desviar-se de obstáculos. Consegue cumprir ordens, como ir buscar as bebidas ao bar, está dotado de reconhecimento facial e vocal, e a lista podería continuar.
Como informático tocou-me imenso naturalmente; o facto de uma máquina conseguir andar em duas pernas sem nunca perder o equilibrio é um feito que poucos conseguem dar a devida importância.
Mas não estou aqui para falar de detalhes técnicos.
Ora, no fim da actuação do ASIMO, aconteceu um fenómeno curioso: as pessoas aplaudiram-no, como se de um ser vivo se tratasse.
Todos ali sabiam que era apenas uma máquina, apenas mais evoluida que o nosso microondas ou frigorifico, e no entanto toda a gente mostrou empatia para com ASIMO. E isto deixou-me a pensar: afinal é possivel ter sentimentos para com uma máquina? E se algum dia se construisse uma máquina consciente de si própria, com inteligência, desejos, gostos e ambições, será que teria tanto direito à vida como qualquer ser biológico? Seria aceite na nossa sociedade mesmo sendo uma criação nossa?
Eu sinceramente não sei, mas aquela demonstração de capacidades do ASIMO, e sobretudo a reacção do público no final deixaram-me a pensar que talvez a ficção cientifica não seja assim tão ficção.
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