quinta-feira, 10 de abril de 2008

Hélder o rei do Kuduru e os transportes públicos.


Tenho reparado numa moda, que se está a alastrar rápidamente, e é absolutamente enervante. Falo do hábito de por música no alta voz do telemovel nos transportes públicos.
Vai uma pessoa no comboio de Sintra, às 6 da tarde, onde não cabe nem mais uma alma, cansado de um dia de trabalho ou de estudo consoante o caso, a tentar subir a cabeça para não respirar aquele ar com aroma a sovaco, quando alguém tira do telemóvel e.... Cha pum catapum Chapum... A bela da Kizomba com distorsão, já que telemóveis (ainda) não são aparelhagens.
Mas afinal qual é a ideia minha gente? É animar a malta? É mostrar que tem um telemovel que faz barulho? Ou é simplesmente chatear?
Sinceramente... Mas será que não entendem que as pessoas não são obrigadas a ouvir a musiquinha? E headfones, será que conhecem?
E eu ainda por cima que tenho azar de não gostar de Kizomba... Mas todos os dias, invariavelmente tenho que ouvir os êxitos de Hélder o rei do Kuduru ou de Buraka Som Sistema.
Melhor que isto, só mesmo quando há dois telemoveis na mesma carruagem a tocar musicas diferentes. Ora temos Hélder o rei do Kuduru, uma música monocórdica qualquer de Buraka Som Sistema e o chiar das rodas do comboio nas linhas. Ocasionalmente o ensurdecedor PPPIIIII antes das portas fecharem.

É de uma pessoa ficar maluca....

P.S: Ainda não estou como o Leónidas a jogar "Quem quer ser milionário" com esta situação, mas tenho medo de acabar assim=D

3 comentários:

Dehdeh disse...

Tb já reparei nisso, mas só existe uma pessoa que faz isso, então quando ele entra no autocarro vou ouvir musica com o meu mp3 e os meus headfones.....

Vera Conceição disse...

Eu costumo usar a táctica do olhar "Tás parvo ou só queres mesmo apanhar no focinho??". As vezes resulta e lá desligam o belo som distorcido.

Anônimo disse...

LoL. E as pessoas que insistem em ter as conversas mais estranhas ao telemóvel sabendo que toda a gente está a ouvir?? Também não é engraçado. Hoje no comboio era uma mulher "...okain... e dá também beijinhos ao Zé Bento e às crianças..."